Os Vikings atribuem as Runas ao Deus Odin, que, em um auto sacrifício xamânico para obter o conhecimento dos mortos, ficou pendurado por nove noites na Árvore do Mundo (Yggdrasil), ferido pela própria lâmina, atormentado pela fome, sede e dor, sem auxílio e sozinho, até que, antes de cair, num último suspiro, recebeu as Runas como um presente dos deuses pela sua busca e sacrifício. 

   Odin é considerado o principal deus da mitologia nórdica. Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça. 

   Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, de onde podia observar o que acontecia em cada um dos nove mundos. Durante o combate brandia sua lança chamada Gungnir, e montava seu corcel de oito patas, chamado Sleipnir. 

    Era pai de muitos deuses: Thor, Baldr, Vidar, Váli...

   Ele atirou um de seus olhos no poço de Mimir em troca de um gole de sabedoria. Ele se mantinha informado sobre os acontecimentos em toda a parte através de seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Munin (Memória), que vigiavam o mundo e contavam tudo o que se passava.

   Ele se tornou proeminente entre os vikings devido ao seu gosto pela batalha. Odin não era exatamente um guerreiro, mas inspirava os guerreiros a se lançarem freneticamente na batalha, sem nenhum sentimento e nenhum temor. Os germânicos viam nele o protótipo da bravura, da altivez e do valor; isso fez com que seu nome fosse exaltado por muitos poetas. 

   Como deus da guerra, era encarregado de enviar suas filhas, as valquírias, para recolher os corpos dos heróis mortos em combate, estes, se sentavam ao seu lado no Valhalla de onde Odin presidia os banquetes.

   A veneração a Odin diminuiu à medida que os vikings desistiram de guerrear e optaram por ocupações pacíficas, mas a consulta ao oráculo das Runas continua até hoje conduzindo o agora, guerreiro espiritual, no conhecimento de si mesmo e deus interior, auxiliando-o na compreensão e resolução de infortúnios, revelando suas fraquezas e conduzindo-o a evolução.