RUNAS: HISTÓRIA, LENDA & MISTICISMO

     
Jogo de Runas Artesanal - Odin

     As Runas são símbolos considerados como uma antiga forma de escrita e não se sabe, ao certo, onde surgiram, supõe-se seu surgimento em torno de 200 a.C. Sua origem é cercada de mistério, segredos, suposições, interpretações e teorias, como a origem de seu nome, que nos termos saxões, gótico e alemão antigo significa sussurro, mistério: sussurro misterioso. Isso indica que as Runas eram utilizadas para a transmissão oral de um conhecimento sagrado, espiritual e ancestral, pelos antigos xamãs, sendo uma forma secreta de iniciação. Contudo, mesmo contendo nomes e sons significativos, não chegou a ser uma língua falada.

     Apesar de associarem a origem das Runas aos Vikings, elas vieram muito antes deles. Runas: 200 a.C. – Vikings: 800 D.C. Essa associação deve-se aos Vikings terem surgido em meio as Runas e passarem a cultuá-la. Eles talhavam os símbolos em escudos, navios e talismãs; gravavam em madeira, osso, pedra, metal e em calendários. Eles não davam um passo importante sem consultar o sagrado oráculo. Os Vikings eram as Runas e as Runas se tornaram Vikings. Graças a eles, os símbolos rúnicos se perpetuaram e cruzaram o tempo, chegando aos dias de hoje.

    Geograficamente, as Runas foram utilizadas pelos antigos povos Germânicos, Escandinavos e Anglo-saxões. Hoje: Alemanha, Noruega, Dinamarca, Suécia e parte da Inglaterra. O alfabeto rúnico foi substituído pelo latino, com a cristianização, por volta do século VI, na Europa central, e século XI na Escandinávia. Seu uso persistiu na Escandinávia e na área rural da Suécia até o início do século XX.

    As Runas são um oráculo; sendo assim, não predizem o futuro. Oráculo é tudo o que consegue conectar o homem ao divino, esclarecendo a realidade vigente.

    Os símbolos rúnicos agem como uma ponte entre o eu humano e o divino auxiliando na compreensão e resolução de infortúnios, revelando nossas fraquezas, fortalecendo nossas raízes e princípios, e nos conduzindo a evolução pelo despertar e consolidação da intuição. A obtenção de sabedoria requer reconhecimento, dedicação e sacrifícios, como sugere a lenda Viking sobre a origem das Runas: Odin se pendurou por nove noites e dias, na Árvore do Mundo (Yggdrasil), em um autosacrifício xamânico; ferido pela própria lâmina, atormentado pela fome, sede e dor, sem auxílio e sozinho; até que, antes de desfalecer, recebeu as Runas como dádiva dos deuses pelo seu autosacrifício. A lenda mostra que para revelar o caminho da verdade no âmago e segui-lo, é necessário coragem, obstinação, entrega e sacrifícios. Se outrora, o guerreiro era um desbravador de terras e mares, hoje, as terras e mares bravios são internos. O combate é consigo. O desafio do novo guerreiro é a autoevolução. A batalha, de hoje, é espiritual e não material. A desarmonia interna gera o desequilíbrio externo. As mensagens rúnicas auxiliam o equilíbrio interno e, consequentemente, a harmonização com o mundo exterior. “A Runa correta sempre aderi aos dedos”.

Adaptação: Roosevelt Augusto

Referências:
Livro de Runas - Ralph Blum.
Wikipédia, a enciclopédia livre.


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